A Amazon confirmou nesta terça-feira (28) a demissão de 14 mil funcionários. A companhia revelou o tamanho do corte em um comunicado oficial assinado por Beth Galetti, vice-presidente sênior de Experiência de Pessoas e Tecnologia.

As demissões envolvem a força de trabalho corporativa, ou seja, os colaboradores de várias áreas que não atuam dentro dos armazéns de distribuição ou com as entregas. Porém, a empresa não detalhou quais foram os setores mais afetados e nem as regiões mais impactadas.

Rumores no dia anterior publicados pela Reuters indicavam que o layoff poderia chegar a até 30 mil pessoas, o que acabou não se concretizando. Porém, a agência de notícias afirma que uma nova reestruturação ainda pode ser acontecer no ano que vem e também envolver uma alta quantidade de pessoas.

Os funcionários afetados terão 90 dias para buscar por uma nova posição de trabalho em um outro departamento da própria Amazon e terão prioridade na avaliação do currículo nessas oportunidades. Já quem optar por não seguir na empresa ou não conseguir uma mudança de posto receberá auxílios de rescisão contratual.

A reestruturação da Amazon

A demissão em massa na Amazon segue os planos do CEO da empresa, Andy Jassy, de ampliar a eficiência da companhia para “operar como a maior startup do mundo” e permitir que ela foque em assuntos quentes na indústria, como é o caso da inteligência artificial (IA).

 • "As reduções (...) são a continuação desse trabalho de ficar ainda mais forte ao reduzir continuamente a burocracia, remover camadas e mudar recursos para garantir que estamos investindo em nossas maiores apostas e o que importa mais para as necessidades atuais e futuras de nossos clientes", diz o comunicado;
 • Em julho deste ano, ela chegou a US$ 167,7 bilhões em receita gerada apenas por vendas e um lucro operacional de cerca de US$ 15 bilhões — um valor alto, porém abaixo da expectativa de analistas do mercado;
 • A Amazon argumentou contra quem reclama das demissões "enquanto a empresa tem um desempenho bom". Segundo a empresa, ela precisa "ser organizada de forma mais esguia" para conseguir "se mover o mais rápido possível para nossos clientes e parceiros";
 • Ainda segundo a marca, a IA é a "tecnologia mais transformadora que nós já vimos" desde a internet e permitiu que empresas inovem mais rápido do que antes, tanto em novos quanto mercados em que elas já atuavam;
 • Um documento interno da gigante obtido pelo The New York Times indica que a empresa se prepara para substituir mais de 600 mil empregos por robôs até 2033 — número questionado pela Amazon, que acusou o documento de estar incompleto.

Os layoffs anteriores de grande porte na Amazon aconteceram entre 2022 e 2023, quando cerca de 27 mil pessoas foram dispensadas ao todo. No ano seguinte, algumas centenas de funcionários de áreas como Twitch e Prime Video também saíram.

O cofundador Jeff Bezos, ex-CEO e ainda envolvido com a Amazon, disse que a IA é uma bolha atualmente na indústria. Saiba mais sobre o tema nesta matéria!

Fonte: tecmundo