O consumo das famílias brasileiras apresentou aumento de 4,33% em outubro de 2025 em relação ao mesmo mês de 2024, enquanto a comparação mensal mostrou avanço de 3,52%. No acumulado do ano, o indicador alcançou 2,73%, impulsionado pela melhora do emprego e pela entrada de recursos adicionais na economia no último trimestre, segundo o monitoramento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
A inflação oficial, medida pelo IPCA, registrou 0,09% em outubro, acumulando 3,73% em 2025. O IPCA Alimentos apresentou variação de 0,01% no mês e acumulado de 2,68% no ano. A taxa de desemprego permaneceu em 6,2% no trimestre encerrado em setembro, com 1 milhão de novos trabalhadores com carteira assinada em um ano, totalizando 39,229 milhões de empregados formais, alta de 2,7% nesse período.
O cenário econômico foi reforçado pela liberação de benefícios sociais e pagamentos federais. Em outubro, R$ 12,88 bilhões foram destinados ao Bolsa Família, beneficiando 18,91 milhões de famílias. O auxílio-gás repassou R$ 542,14 milhões a mais de 5,01 milhões de beneficiários.
As projeções de consumo indicam expansão em todos os segmentos associados ao período de festas. Proteínas devem crescer 10%, panetones e bebidas 13%, frutas 10% e produtos sazonais 12%. Os preços variam conforme a categoria, com aumento médio de 3,5%: proteínas +5,8%, panetones +7,4%, bebidas +5,4% e frutas +6,2%. Produtos sazonais registram queda média de -0,9% em relação a 2024.
As cestas de produtos de largo consumo mantiveram trajetória de redução de preços. A Cesta Abrasmercado registrou a quinta queda mensal consecutiva, com retração de -0,08% em outubro, passando para R$ 799,08. O recorte da cesta de alimentos básicos caiu -0,49%, atingindo R$ 345,25. Entre os itens que pressionaram a queda, o arroz acumulou -22,82% no ano e o leite longa vida -2,01%. Em sentido oposto, óleo de soja subiu 4,64% no mês e feijão 1,64%. O café torrado e moído registrou alta acumulada de 37,87% no ano.
A análise do comportamento do consumidor indica maior procura por preços médios nas categorias de mercearia e commodities. Na mercearia, a participação do segmento médio passou de 18,9% para 21,4%. Nas commodities, o movimento foi de 50,3% para 54,5%. Já entre perecíveis industrializados, houve maior procura por produtos do segmento premium, que avançou de 37,0% para 38,2%.
Fonte: correiobraziliense
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